"Os minerais-tipo do Brasil, um livro em andamento". 384 páginas. 315 ilustrações.
Obra de referência indispensável para os estudiosos da mineralogia e colecionadores de minerais.
Com uma pesquisa rigorosa e sistemática, a mineralogia nacional consolida neste livro a soma do conhecimento até aqui acumulado na área, servindo de plataforma para futuras pesquisas destinadas a intensificar a procura, descoberta e descrição de novas espécies.
Em total, já perfazem 75 os minerais por primeira vez observados no país, atualmente considerados válidos e cujas descrições situam o Brasil como sua localidade-tipo. Destes, diversos de relevância científica e econômica, e cujas denominações remetem a suas localidades de origem: goyazita, tripuhyíta, bahianita, serrabrancaíta, bortolanita e brumadoíta, ou a cientistas nacionais ou que aqui aportaram seu trabalho, tais como derbylita, senaíta, florencita-(Ce), gorceixita, souzalita, scorzalita, moraesita, barbosalita, tavorita, coutinhoíta, atencioíta, menezesita, arrojadita-(PbFe), ruifrancoíta, guimarãesita, carlosbarbosaíta, pauloabibita, cesarferreiraíta, correianevesita, almeidaíta e outros.
Alguns, possuidores de grande beleza e características que os fazem figurar com destaque em museus e coleções particulares, tais como o crisoberilo, o euclásio e a brazilianita, e outros de dimensões microscópicas e extremamente raros.
Até onde eu sei nenhum acervo conta com uma coleção completa deles. Sirva esta obra de incentivo para sua coleta e conservação com vistas a preservar a diversidade mineral do Brasil.
Carlos Cornejo
Os Minerais-Tipo do Brasil: Um livro em andamento, além das espécies minerais atualmente válidas descritas originalmente em localidades brasileiras, inclui minerais inválidos, desacreditados, sem nome, não identificados e problemáticos. As entradas são geralmente bastante abrangentes nas informações que fornecem e, muitas vezes, esses dados provêm de fontes bastante obscuras e difíceis de obter. Isto é particularmente verdadeiro para as entradas que tratam de fases que ainda não foram qualificadas como espécies minerais válidas. O autor está fornecendo incentivo e bastante munição para que mais mineralogistas trabalhem nos diversos, fascinantes e um tanto negligenciados minerais raros do Brasil. Além disso, a introdução do livro é uma espécie de introdução à descrição de novos minerais: explica o conceito de espécie mineral, detalha as etapas necessárias para descrever uma nova espécie e até explica brevemente a importância de estudar novas espécies minerais. Apenas 75 das quase 6.000 espécies minerais conhecidas foram descritas pela primeira vez em depósitos brasileiros. Isto é muito menos do que o que foi descrito em alguns países muito menores que o Brasil. Este livro tem o potencial de recrutar as gerações atuais e futuras de mineralogistas para aumentarem esse número. Esta publicação é certamente “Um livro em andamento”, assim como a mineralogia do Brasil é uma pesquisa em andamento.
Tony Kampf